28.3.09

94 anos de cadeia!
por Silvio T Corrêa

Não tenho nada, absolutamente nada, a ver com a Daslu ou qualquer pessoa ou organização ligada a ela. Acho que quem erra, tem que se responsabilizar e arcar com as consequências. Acho, mesmo, que não pode livrar a cara de ninguém.

Enfim! Sou um cidadão comum, como tantos outros, que acredita que o ser humano ainda é muito falho; que fica “danado da vida” quando vê os espertos metendo a mão no dinheiro, no meu dinheiro; que acha que a justiça brasileira é muito boa quando interessa.

Não sou de ficar coletando, indiscriminadamente, notícia de revista ou jornal para transformar em mote para os meu textos. Contudo, nesse caso, meus dedos começaram a tremer e coçar e, quando isso acontece, tenho que correr para o computador.

Pois é, foi um baita prejuízo aos cofres públicos brasileiros ― e público, no Brasil, tem sempre um sentido muito abrangente. Um rombo de 636 milhões de dólares. É muito dinheiro? Deve ser! O sujeito briga nos “reality shows” por causa de 1 milhão!

Vai ver que a turma pensou que como era público, eles estariam devendo a si mesmos. Tolinhos!

O pessoal do MST, pinta e borda, ou melhor, arrebenta e destrói, e o que acontece, quando acontece, é pagar uma multinha aqui, uma prisãozinha ali e estamos conversados.

Os políticos roubam, roubam, roubam e roubam e continuam roubando e nada acontece por cima dos panos. Por baixo, a festa deve ser geral! E to eu falando da vida alheia e nem sou político de carteirinha! Tenho que me policiar!

Bem, vamos deixar de brincadeiras sérias e falar das coisas sérias, que até parecem brincadeiras.

Noventa e quatro anos de cadeia porque burlou o Fisco? Até concordo que tem que ser uma penalidade alta, desde que não tenha a única função de servir como exemplo. Mas não poderia, supostamente, ser 5, 10 ou 15 anos de prisão e a obrigação a devolver o que deixou de pagar? Não manjo nada de leis, mas sei observar pesos e medidas, principalmente quando são diferentes dentro de um mesmo sistema.

No frigir dos ovos, o que parece é que a pena é tão extravagante, que dará margens a algum magistrado, ou às leis, de reduzir a penalidade, por bom comportamento, para 6 meses de prisão, e a multa, já estipulada, de 770 mil reais e ponto. Estamos conversados.

Eu hein! Por isso que não gosto de escrever sobre esses assuntos. Esse pessoal é doido!

9.3.09

Lições sobre Empreendedorismo
por Silvio T Corrêa

Fala sério! É muita pretensão eu querer dar lições sobre empreendedorismo. Se bem que todo mundo tem, sempre, uma opinião sobre o assunto, principalmente aquela; “do percentual de empresas que fecham durante o primeiro ano”.

É lógico que é um dado importante, mas é apenas um dado, uma informação, que servirá para alertar o empreendedor, quanto a importância do plano de negócios, de um bom planejamento e de uma boa administração. Não é pra desanimar!

Hoje, esse percentual é de 27%. Se considerarmos que a cada ano, segundo o SEBRAE, 470 mil novas empresas são abertas no país, teremos que 343 mil empresas superam o 1º ano de vida. É um belo número. – [http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL868627-16106,00.html]

Bem, mas não é sobre isso que eu quero falar e, menos ainda, ensinar como empreender. Vou tentar passar um pouco do meu histórico como empreendedor.

Eu, por natureza, sou um sujeito pouco complicado mas tenho a deficiência de ser influenciável — proveniente, certamente, de não saber dizer não. Por causa disso, adquiri um cuidado especial ao falar com as pessoas, quando elas me pedem algum tipo de orientação. Jamais saio chutando o “pau da barraca” e derrubando os sonhos delas, independente de serem, ou não, influenciáveis.

Foi algo que aconteceu comigo mais vezes do que eu queria. Isso, até eu perceber que aquelas opiniões me sabotavam sem o meu consentimento e sem a minha percepção.

Então, cuidado com os palpiteiros de plantão. Eles estão escondidos nos mais cândidos lugares. São, as vezes, parentes próximos; em outras, desconhecidos até. Claro que não fazem, supostamente, por maldade, mas aqui, o que menos importa é o motivo.

Certa vez, quando eu estava em plena produção de textos, há uns seis anos, recebi uma pergunta de chofre. Mas chegou a doer! — Me perguntaram se eu tinha certeza que as pessoas liam os textos que eu escrevia? — Tudo bem, tem um monte de gente que pode até pensar assim sobre os meus textos, mas chega a ser falta de educação, ou provocação, perguntar isso para quem escreve.

Não sei se já aconteceu com vocês, a situação em que você ainda está no início do desenvolvimento de um projeto, seja qual for, mas já o tem, formadinho, na cabeça. Poxa, a gente acaba sentindo a necessidade de contar a alguém. E o faz!

Pra quê?!!!!

Nem bem começa a contar e lá vem SPAM, a interferência não solicitada. “Não seria melhor fazer assim”; “E se você ao invés de fazer isso, fizesse aquilo”; “Ah, isso fica muito caro”; “Hummm! Sei não, sei não!”.

— Pinoia! Eu só queria falar, contar! Só queria um ouvido pra ouvir! Não pode nem esperar eu acabar de contar e já quer dar palpite!

Sim, já dei a sorte de pegar bons ouvidos, e de pessoas com experiência no desenvolvimento e implantação de empreendimentos. Só me ajudaram quando eu pedi.

Então vamos lá!

Se você tem uma ideia nova guarde-a, por enquanto, só pra você. Espere ela sedimentar bem. Vá coletando informações; entrando em grupos de discussão; fazendo uma pergunta aqui, outra ali. Mas fique na sua. Aguarde a sua “força” ser tão grande que ninguém poderá abalá-la.

Se você quer ter um sócio, faça por contrato, mesmo que seja com um familiar muito próximo. Se não tem pessoa jurídica, faça um contrato particular entre você e o sócio. Por motivo algum, tenha uma sociedade sem contrato.

A questão anterior é ainda mais importante, se você entrar apenas com a ideia e/ou a mão de obra, sem o dinheiro.

Não ponha a mão no fogo por ninguém. Estude contabilidade para questionar o seu contador. Estude matemática financeira para questionar a pessoa que cuida das finanças e das aplicações.

Se você quer tentar uma ideia de modo informal, pra testar, tudo bem. Só tome cuidado, pois se ela for boa, vão ficar de olho em você. Tão logo comprove, legalize a empresa. A nova opção de MEI — Micro Empreendedor Individual —, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp128.htm#art3, permite atuar na formalidade.

Manjada, mas sempre verdadeira. “O que engorda o boi, são os olhos do dono.”

Sonhe grande, comece pequeno, mas por favor, comece!

Olho pra trás e ainda vejo tanta coisa que aconteceu e que talvez fosse legal colocar aqui, mas não posso fazer isso. Vai que você seja muito influenciável!

Abraços

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